Quando, este domingo, Guilherme Mota cruzou a meta em Condeixa-a-Nova, sabia que estava a contrariar as probabilidades num mundo cada vez mais especializado. Somava o nono título nacional, da sua ainda curta carreira, em três modalidades diferentes.
Ao longo dos anos, o ciclista da Caranguejeira foi mostrando toda a polivalência que lhe é reconhecida. E se anteriormente foi mostrando ser competente na estrada e no cross-country olímpico (XCO), esta temporada dedicou-se por inteiro às maratonas (XCM) e arrecadou o primeiro lugar na Taça de Portugal da modalidade.
Esta é uma competição de regularidade, dividida em cinco provas, sendo que Guilherme Mota venceu uma e subiu ao pódio em quatro. “Fico muito feliz, porque são resultados que comprovam que sou um corredor bastante constante e completo, numa competição onde prevalecem os atletas maduros”, sublinhou o atleta.
Nesta primeira época dedicada ao XCM, o ciclista leiriense foi convocado para o Europeu (28.º) e para o Mundial, que acabou por falhar por lesão, tornando-se, também aí, num caso raro de versatilidade.
Agora que a época acabou, Guilherme Mota quer focar-se nos estudos em Ciências Biomédicas, curso que frequenta em Braga, mas também já olha para a próxima temporada, com o objetivo de alcançar o que ainda não conseguiu e poucos terão conseguido: correr o Mundial e ser campeão nacional de maratonas, repetindo o que conseguiu na estrada e no cross-country.
Fotos: FP Ciclismo