Vão chegando ao pavilhão da Escola Correia Mateus uma a uma, num compasso sem fim. Passa a dezena, as duas dezenas e continuam a chegar. Têm sido assim, os primeiros tempos da equipa de voleibol do GRAP, com uma adesão impressionante que até faz parecer que existe uma longa tradição da modalidade neste território.
Contudo, por mais improvável que possa parecer, “nunca em Leiria houve formação de voleibol”. Seniores sim, mas há muito tempo. As derradeiras experiências ocorreram mais próximo do início do milénio, com as equipas feminina do ACJ e masculinas dos Amigos do Volei e do Académico de Leiria. Depois disso, quem quisesse jogar tinha de pegar no carro e ir até à Marinha Grande.
Por isso, quando, no ano passado, Pedro Santos resolveu avançar com treinos da modalidade, longe estava de imaginar o que iria acontecer. “Bastou um telefonema para que no primeiro treino estivessem presentes 13 atletas”, conta o treinador.
Ex-jogador e apaixonado pela modalidade, foi exortado por alguns pais a avançar com a voleibol na cidade e a resposta foi avassaladora. Mesmo não entrando em competição, de treino para treino o número de jovens presente foi crescendo e chegou ao final da época com 45 atletas.
Contando com o “apoio firme de um clube histórico” da cidade, o Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP), dos Pousos, e a receptividade do Município de Leiria, foram criadas as condições para que o voleibol federado pudesse regressar à cidade.
Mas se depois do sucesso da época anterior a melhor previsão apostava para 80 atletas, o número de pré-inscrições superou a centena, sendo a “esmagadora maioria” do sexo feminino. “A desproporcionalidade é gritante”, sublinha o responsável.
No pavilhão da Escola Correia Mateus já treinam três equipas: os minis mistos (sub-12), as iniciadas femininas (sub-14) e as cadetes femininas (sub-16), estando prestes a avançar uma equipa sub-18, aberta a jogadores de ambos os sexos.
O treinador acredita que a grande adesão tem muito que ver com a pandemia que se viveu. “É uma geração que cresceu com a realidade do distanciamento social e o voleibol, por ser uma modalidade coletiva sem contacto físico, garante isso.”
Encanta-o perceber a “cumplicidade que se está a formar” entre as atletas, algumas delas a sentir pela primeira vez a “exigência” de treinar, “muito superior” à de uma aula de Educação Física.
Mas há novos “desafios”. Pedro Santos admite que, com os colegas treinadores, “não estava preparado para esta procura acelerada”. Tem, por isso, de “correr atrás”: encontrar mais disponibilidade de técnicos e pavilhões, além de ter de “comprar mais material”. No fundo, terá de adaptar-se ao sucesso.
Joaquim Santos
29 Setembro, 2023 @ at 10:12Votos de sucesso para esse projecto desportivo do GRAP. Força!!!
Luis Santos
10 Outubro, 2023 @ at 06:07Excelente iniciativa. Leiria,os jovens e o desporto merecem. Parabéns os impulsionadores desta modalidade.Muita carolice vai ser necessária.
Sandra Rodrigues
16 Novembro, 2023 @ at 22:57Gostaria de saber se há possibilidade de Masters 5 treinarem, já fomos jovens e apaixonadas por voleibol, estamos há muito tempo paradas e estamos a procura de uma chance para voltar a treinar.
João Lourenço
6 Dezembro, 2023 @ at 11:05Para quando uma equipa de formação masculina sub 13?
Claudio Silva
18 Março, 2024 @ at 12:30Sou treinador nível 1. Está precisando?
Já trabalhei com juvenis feminino, infantis feminino e cadetes masculinos.
Kiara
26 Junho, 2024 @ at 23:15Gostaria muito de entrar