Entre os mais de 47 mil participantes na Maratona de Chicago, corrida no domingo, há três nomes que se destacam. O primeiro é, naturalmente, Kelvin Kiptum, a nova sensação do Quénia, que bateu o recorde mundial masculino dos 42,195 quilómetros com um impressionante tempo de 2 horas e 35 segundos.
Também a neerlandesa Sifan Hassan merece todo o destaque, pois concluiu a prova em 2 horas, 13 minutos e 38 segundos, tornando-se na segunda mulher mais rápida de sempre a cumprir a distância.
Chamem-nos chauvinistas, mas também a nossa Patrícia Carreira é digna dos maiores encómios. No pelotão seguia uma camisola amarela e verde. Era a leiriense, que cumpriu todos os objetivos que tinha estipulado para esta aventura nos Estados Unidos, três anos depois da inscrição, adiada primeiro pela pandemia e depois pelo nascimento, há coisa de um ano, da filha Júlia.
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Passou pouco tempo, mas a nutricionista já tem capacidade física para completar maratonas e andar em bom ritmo. Provavelmente, teria vencido a classificação das mamãs recentes, se tal existisse.
Pelas ruas da maior cidade do Illinois, a atleta envergou orgulhosamente o equipamento do Grupo Alegre e Unido, da Bajouca, e conseguiu completar a prova bem mais depressa do que imaginava depois de um ano a treinar “o possível”.
“Correu melhor do que aquilo para que tinha treinado. Apontava para as 3 horas e 10 minutos, mas consegui fazer em 3 horas e 30 segundos. Até ficou aquele amargo de boca por não ter conseguido baixar das três horas”, admite Patrícia Carreira.
Chicago foi a terceira da série de seis mais importantes maratonas que a atleta cumpriu, depois de Berlim, em 2015, e Boston, em 2019. Em março de 2024 vai competir na de Tóquio, ficando a faltar Londres e Nova Iorque.
Mas a aventura junto ao Lago Michigan, para onde viajou com o pai, conquistou-lhe um lugar privilegiado no coração. “A organização é espetacular e tivemos um apoio formidável. Havia muita gente na rua a puxar pelos atletas, tanta que o tempo passou depressa e não custou tanto completar a maratona”, explicou.
Em Chicago, teve ainda oportunidade de se encontrar com dois conterrâneos, Carlos Miguel Felício, que vive no México, e Filipe Brilhante, residente em Dublin e que acabou a prova três minutos antes de Patrícia. “Acabou pouco tempo antes de mim. Também levava uma bandeira portuguesa e sempre que vai à cidade também participa nas Brisas do Lis Night Run.”
E pronto, está contada a história da 13.ª maratona de Patrícia Carreira, apesar de só se ter dedicado à corrida em 2012, quando regressou da Bélgica com uns quilitos a mais devido aos chocolates e aos waffles a que não conseguia dizer não. “Nem gostava muito, mas tinha de ser.”
Três anos depois, em 2015, sagrou-se logo campeã nacional de trail. No ano seguinte, já vencia a Maratona de Badajoz. Realmente, há quem nasça para isto.
Maria Hayes
11 Outubro, 2023 @ at 13:18Congratulations Patricia. So sorry you couldn’t visit me in Kentucky. I’m happy for you and your family.
Rosa Marto
12 Outubro, 2023 @ at 07:12Parabéns Patrícia, a prova que as mulheres não se medem aos palmos . Que orgulho, tinha de ser
” Marto “🤭😆😘