João Eduardo Marques: do sonho de criança ao desafio olímpico como analista do Egipto

Jogos Olímpicos. O sonho de qualquer desportista, onde poucos, muito poucos, conseguem chegar. A data aproxima-se. Já faltam menos de três meses para a competição e João Eduardo Marques mal pode esperar por cumprir um sonho de criança.

Não será como jogador, como tanto imaginou quando dava os primeiros passos com o Atlético Clube da Sismaria, mas defendendo com toda a alma as cores do Egipto. É verdade. O nosso João Eduardo foi convidado para ajudar a seleção nacional de andebol daquele país africano a conseguir uma prestação de excelência em Paris.

Apesar de ter apenas 31 anos, o ex-pivot deixou de jogar há já quatro anos, quando abraçou as funções de analista de audiovisuais da equipa principal do Benfica, pela qual ganhou a Liga Europeia, em 2022. É ele, pois, que tem a incumbência de ver jogos atrás de jogos para descobrir as fraquezas e as forças dos adversários. No fundo, entra num jogo do gato e do rato com os rivais, numa demanda incessante por surpreender e, ao mesmo tempo, não ser surpreendido.

Mas vamos por partes. A seleção egípcia ficou sem analista depois de ganhar, pelo terceiro ano consecutivo, o Campeonato Africano das Nações. O selecionador, Juan Carlos Pastor, é “muito amigo do treinador do Benfica”, o também espanhol Jota González, que foi o moderador e lhe “sugeriu” que João Eduardo executasse esse trabalho.

Depois de “algumas conversas” ficou “tudo acertado”. “É um sonho muito longínquo que se torna realidade”, explica João Eduardo Marques, feliz por poder ter este trabalho “extremamente desafiante e motivador”.

Ainda para mais, o Egipto, quarto classificado em Tóquio’2020, é uma potência enorme da modalidade, tendo sido sétimo classificado no Mundial do ano passado.

“Tem jogadores em alguns dos melhores clubes da Europa e o treinador já foi campeão mundial e medalhado olímpico. Vai ser um privilégio integrar este projeto. Espero poder ajudá-los a alcançar os objetivos”, diz o analista, ciente que a conquista de um lugar no pódio não é uma utopia.

Poderá João Eduardo ser o primeiro leiriense a conquistar uma medalha olímpica? Uma coisa é certa: o Egipto vai ter um adepto muito especial. João Marques, o pai de João Eduardo, e nome incontornável do andebol leiriense, já comprou os bilhetes para a competição. E não vai conseguir esconder o “tanto” orgulho que tem no rapaz…

Comentários

  • Ainda não há comentários.
  • Adicione um Comentário