David Cunha é totalista do Leiria Run, adora molhar os pés, mas desconfia dos degraus

Quando, daqui a exatas 24 horas, ecoar o disparo para a corrida do Leiria Run, David Cunha sabe que esta aventura pelas ruas da cidade vai ser tão divertida quanto extenuante. Foi sempre assim! O responsável de loja partirá pela nona vez para a corrida que realmente lhe enche as medidas e estará a entrar no cada vez mais restrito lote de totalistas do evento.

É verdade. Ele nunca falhou esta prova organizada pelo Município que, curiosamente, também foi a primeira prova em que se inscreveu. E gostou muito. Tanto, que agora tem um estatuto “especial” na sua lista anual de corridas a fazer. Mas tudo começou com um problema na coluna!

“O fisiatra mandou-me fazer umas caminhadas, mas era algo de que não gostava. Decidi começar a correr. Primeiro, um quilómetro, depois dois, três e quatro. Aos poucos, chegou o vício. Quando se falou do Leiria Run nem hesitei.”

Habitualmente, participa com dois amigos. Claro que, depois, é cada um por si, Ao longo dos anos, as aventuras têm sido mais do que muitas. Recorda, bem disposto, uma edição “longínqua”. Não encontrou água nos reabastecimentos, “apenas vinho tinto”, mas não teve alternativa. “Estava cheio de sede e ainda hesitei, mas acabei por beber. Claro que quando cheguei ao rio só me apetecia vomitar.”

Apesar de percorrer o país em eventos desta natureza, a prova de Leiria continua a estar à cabeça das suas preferências e não admite faltar a uma edição.

“Gosto bastante… e de tudo! Por ser à noite, na minha cidade, pela passagem especial dentro do rio Lis, mas também pela loucura de degraus que temos de subir. Na verdade, no ano passado custou-me bastante, não estava à espera que fossem tantos, mas é um desafio que gosto de enfrentar, apesar de ser esgotante”, sublinha David Cunha, de 48 anos.

Ainda assim, o responsável de loja espera que a edição 2024 não traga mais escadas. è demasiado sofrimento para uma pessoa só. “Sabemos que a prova tem sempre algumas surpresas, espero que essa não seja uma delas”, diz. Aliás, ele, que “vai sempre a abrir”, muitas das vezes nem se lembra por onde passou. “Vamos muito rápidos e concentrados, mas dos degraus eu nunca me esqueço. Ficam marcados na cabeça e no corpo. No dia seguinte nem me mexo!”

Será que vai ter sorte? Hummm….

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