Chama-se Natação + e é a nova menina dos olhos do Clube Náutico de Leiria (CNL). E porquê? Porque este projeto de natação adaptada fará cumprir mais um dos desígnios com que foi criado, fará em setembro dois anos, numa “missão que deixa um orgulho brutal” em todos os envolvidos.
Apresentado esta terça-feira, dia 4 de junho, no Complexo Municipal de Piscinas de Leiria, resulta de um protocolo de cooperação entre o emblema, a Câmara Municipal de Leiria, a Federação Portuguesa de Natação e duas IPSS: a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) de Leiria e a Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social (OASIS).
“Foi sempre uma prioridade nossa e avançamos agora de forma cautelosa, num projeto à nossa dimensão. Fomos abraçando todos os miúdos com necessidades educativas especiais que nos foram surgindo e estamos preparados para assumir novos desafios.”, explicou Marco Simões, vice-presidente do CNL.
O Náutico pretende, assim, fomentar e desenvolver junto do meio escolar a prática da natação para esta população e, ao mesmo tempo, aumentar o número de praticantes inscritos na sua estrutura, melhorando a capacidade funcional dos alunos. O objetivo final será a “inclusão dos jovens na prática regular de natação adaptada e possível participação no calendário nacional desta disciplina”.
Para Carlos Palheira, vereador do Desporto do Câmara Municipal de Leiria, esta iniciativa vai ao encontro do objetivo de “tornar o concelho o mais inclusivo possível”. Entende, também, que têm sido criadas “condições para que este tipo de projetos floresçam”, designadamente ao nível da “majoração” em sede de apoios do Munícipio ao associativismo (PRO Leiria).
Já Pedro Morouço, membro da direção da Federação Portuguesa de Natação e diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, elogiou a “dinâmica” e congratulou-se pela “vontade de ir mais além”.
“Feliz” pela oportunidade, Lúcia Luz, presidente da APPC, encarou o Natação + como uma “chance de melhorar a auto-estima” destes novos atletas.
Bruno Mourinha, diretor técnico do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão Social (CACI) da OASIS, agradeceu a “prontidão” com que as portas foram abertas aos elementos da instituição e enalteceu a importância da prática desportiva regular para estas pessoas. “O André foi o primeiro, mas o objetivo é trazer mais e encher as fileiras do CNL.”