“Fui 13.ª e dei tudo”: Vanessa Marina reflete sobre a estreia olímpica do breaking

Vanessa Marina marcou a estreia do breaking nos Jogos Olímpicos de Paris’2024, terminando na 13.ª posição. A b-girl leiriense afirmou que atingiu o seu principal objetivo ao representar Portugal com dedicação e paixão.

“O meu objetivo era vir representar Portugal da melhor maneira que eu sei fazer, que é dançar. Claro que as outras meninas têm um nível acrobático muito maior do que o meu, mas acho que o meu objetivo foi cumprido. Fiquei 13.ª no mundo, o que já é uma grande conquista,” disse.

Apesar das derrotas nas três ‘battles’ da fase de grupos, Vanessa manteve uma atitude positiva. “Eu dei tudo o que eu podia dar. E um resultado é só um resultado. Dependendo do dia, depende dos júris, é muito relativo. Talvez numa próxima oportunidade eu consiga apresentar um desempenho ainda melhor,” acrescentou.

Enfrentando um grupo competitivo, Vanessa encontrou desafios adicionais, incluindo a dificuldade de se adaptar ao grande espaço do recinto e às condições climáticas adversas. “Tive um grupo muito difícil. As minhas adversárias qualificaram-se diretamente através dos campeonatos dos continentes, e eu entrei no grupo por ranking. A minha estratégia não teve o efeito desejado, mas dei o meu melhor,” explicou.

A estreia do breaking em Paris foi marcada por uma grande adesão do público e um ambiente vibrante, embora Vanessa tenha sentido que o espaço amplo do recinto e o som alto da música a desconectaram um pouco da plateia. “Eu olhei mais para o DJ e tentei me concentrar na música. A sensação do público não foi tão intensa quanto esperava,” refletiu.

Além da competição, Vanessa aproveitou a oportunidade para socializar e conhecer outros atletas. “Foi uma experiência espetacular. A troca de pins e o contato com os melhores do mundo foram momentos marcantes. Espero que o breaking volte a estar presente nos Jogos Olímpicos,” concluiu.

Apesar de o breaking não estar incluído no programa de Los Angeles’2028, Vanessa acredita que a modalidade tem um futuro promissor. “Acho que esta experiência poderá levar a uma reconsideração da sua inclusão. O breaking trouxe um ar fresco e inovador ao evento, e isso é importante para o desporto,” defendeu.

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