Simão Carlos trabalha com o avô para realizar sonho de competir na Taça da Europa de Patinagem

Simão Carlos, um jovem patinador de 19 anos, está a trabalhar arduamente ao lado do avô, ajudando na entrega de lenha e nas tarefas agrícolas, para juntar o dinheiro necessário para realizar o seu sonho de competir, pela segunda vez, na Taça da Europa de Patinagem Livre, que este ano se realiza na Suíça.

Apesar do seu talento e dedicação, que o levaram a representar Portugal em competições mundiais e europeias de grupo, a realidade financeira da patinagem artística é dura. A participação não conta com qualquer tipo de comparticipação por parte da Federação de Patinagem de Portugal. Todos os custos, desde a viagem até à estadia e alimentação, são suportados pelos próprios atletas, o que levou Simão a procurar soluções para não perder esta oportunidade.

“Sempre gostei de trabalhar com o meu avô. Partilhamos momentos incríveis e aprendemos juntos. Ele é um grande apoio para mim”, conta Simão, que também abriu uma conta no GoFundMe para angariar fundos que viabilizem a viagem.

Expressividade é um dos trunfos de Simão Carlos

“Esta é uma oportunidade única que gostaria muito de abraçar, e agradeço profundamente a todos aqueles que puderem contribuir para que este sonho se torne realidade. Continuo a dedicar-me e com a vossa ajuda espero alcançar mais um marco importante na minha carreira.”

Residente nas Cortes, Simão foi campeão nacional em 2015 e vice-campeão em 2019, somando já um currículo impressionante. Este ano, já sénior, alcançou um lugar entre os seis primeiros no Campeonato Nacional, garantindo assim a sua participação na competição internacional em Zurique, de 5 a 13 de outubro.

Para Simão, nesta viagem até à Suíça, o mais importante será, sem dúvida, a excelência da performance. “Quero apenas apresentar os meus programas da forma mais limpa possível”. Se o conseguir, já se sentirá vencedor. Esta paixão pela patinagem começou aos quatro anos, quando a treinadora da sua irmã, Neuza, o deixava experimentar os patins nos minutos finais dos treinos. Desde então, nunca mais parou, deixando o karaté para trás.

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