Abril é o mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Leiria desafia todas as associações desportivas do concelho a participarem na iniciativa Laço Azul.
Como? Só terão de colocar um laço azul nas suas instalações e, posteriormente, partilhar uma foto com a página de Facebook da CPCJ de Leiria, via mensagem privada ou identificando a comissão na publicação. Simples, mas com uma significado imenso.
Foi em 1989, nos Estados Unidos da América, que surgiu o Movimento do Laço Azul, criado por Bonnie W. Finney após saber que os seus netos tinham sido vítimas de maus-tratos por parte dos pais.
As crianças apresentavam nódoas negras pelo corpo. O neto acabou mesmo por ser assassinado pelos pais. Como maneira de lidar com a dor, atou um laço azul à antena do seu carro.
Escolheu esta cor com a finalidade de representar os corpos magoados e repletos de nódoas negras dos seus dois netos, tornando-se ao mesmo tempo um símbolo de alerta para a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
O movimento ganhou relevância a nível mundial e enfatiza o efeito da preocupação que cada cidadão pode ter no despertar das consciências da população, em relação aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção, promoção e proteção dos seus direitos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), caracterizam-se como “abusos ou maus-tratos às crianças, todas as formas de lesão física ou psicológica, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente, exploração comercial ou outro tipo de exploração, resultando em danos atuais ou potenciais para a saúde da criança, sua sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder”.
Os maus-tratos constituem-se como grandes problemas para o desenvolvimento das crianças, repercutindo-se mesmo ao longo da sua vida. Destaca-se a depressão, agressividade, abuso de drogas, problemas de saúde e infelicidade, anos depois de terem cessado os maus-tratos.