João Ferreira alcançou hoje um excelente 5.º lugar na terceira etapa do Dakar Rally 2025, consolidando um desempenho consistente ao longo da prova e subindo ao 9.º lugar na classificação geral provisória. A competir ao lado do navegador Filipe Palmeiro, o piloto de Leiria conduz o Mini JCW 3.0d da X-Raid, movido a combustível 100% renovável, num claro exemplo de sustentabilidade no desporto motorizado.
Numa etapa marcada por terrenos pedregosos e muita poeira, João Ferreira demonstrou ritmo e concentração ao nível dos melhores numa edição do Dakar particularmente exigente. O piloto de Leiria, de apenas 25 anos, destacou-se num dia em que alguns dos principais candidatos enfrentaram dificuldades, aumentando ainda mais o impacto do seu resultado.
“Foi uma etapa muito boa para nós, apesar da muita pedra e pó que encontrámos no início. Fomos rápidos e consistentes e chegámos ao destino muito satisfeitos com o resultado e a exibição. A equipa vai agora preparar o carro para a dureza dos próximos dois dias, disputados em formato maratona, onde voltamos a ser desafiados pela organização antes do merecido dia de descanso em Ha’il”, afirmou João Ferreira no final da etapa.
Já Ricardo Porém enfrentou uma etapa particularmente dura ao lado do navegador Nuno Gouveia de Sousa. Um braço de suspensão traseiro partido ao quilómetro 83 atrasou a dupla em cerca de 1h30, mas, com a preciosa ajuda da equipa MMP, conseguiram reparar o veículo e continuar a prova.
Apesar das adversidades, Ricardo Porém terminou a etapa no 37.º lugar, perdendo 01h39 para o vencedor da categoria Challenger, Nicolás Cavigliasso. Na classificação geral da sua categoria, o piloto segue agora na 16.ª posição entre os “aranhiços”.
A etapa de amanhã, que liga Al Henakiyah a Al’Ula, será crucial para os concorrentes. Com 415 quilómetros cronometrados, a quarta etapa inaugura a temida Maratona, onde os pilotos terão de enfrentar os desafios sem a habitual assistência técnica das suas equipas. O terreno vulcânico, os trilhos sinuosos e as paisagens deslumbrantes de Al’Ula prometem colocar à prova tanto a resistência dos veículos quanto a destreza dos pilotos.
O bivouac de Al’Ula, ponto de chegada, estará inacessível a veículos de apoio, aumentando ainda mais a pressão sobre os participantes. Esta etapa será um verdadeiro teste de superação, com cada erro potencialmente a custar caro numa prova onde a consistência e a resiliência são fundamentais.
João Ferreira e Filipe Palmeiro preparam-se para mais um dia decisivo, mantendo Leiria na vanguarda da mais prestigiada competição de todo-o-terreno do mundo.