Irina Rodrigues afirmou ter feito tudo para integrar as oito primeiras da final do lançamento do disco nos Jogos Olímpicos Paris’2024, mas que o nono lugar não apaga a excelente época que teve.
“Gostaria muito de ser top 8 e de ter o diploma olímpico, e sei que estive perto. Como é óbvio, fico aqui um bocadinho triste com isso, mas dei tudo o que eu tinha”, afirmou a lançadora natural de Leiria, após concluir a prova no nono lugar, com um arremesso de 61,19 metros na sua segunda tentativa.
A médica em Angra do Heroísmo lembrou a sua temporada, em que estabeleceu um novo recorde nacional com 66,60 metros, em 10 de março, superando a marca anterior de Liliana Cá.
“Fiz o meu melhor e acho que a época que fiz foi fantástica, foi o meu melhor resultado de sempre numa final a nível mundial, então estou grata, mas satisfeita menos um”, referiu Irina Rodrigues, após concluir a sua quarta presença olímpica.
A leiriense começou com 60,39 metros no primeiro lançamento e 61,19 no segundo, sentindo-se capaz de melhorar no terceiro, que lhe permitiria fazer mais três lançamentos e integrar o top 8 da final, mas acabou com um nulo. Ficou a escassos 18 centímetros desse objetivo
“Estava a sentir que era capaz e que as coisas podiam correr bem, mas, às vezes, quando queremos demais foge-nos um bocadinho em termos técnicos. Não foi aquilo que eu queria e foi um lançamento que correu mal. Tirando isso, o trabalho estava feito, eu queria muito lançar mais na final do que na qualificação [conseguiu 62,90, na sexta-feira], não foi possível e está tudo bem, não retira o mérito de estar na final olímpica e da época incrível que eu fiz”, declarou.
Irina Rodrigues, de 33 anos e que disputou pela primeira vez uma final olímpica, não se mostrou intimidada com as mais de 70.000 pessoas presentes no estádio.
“Na qualificação já tive uma sensação semelhante, estava muita gente também, e já começa a ser confortável, já não há o impacto que outrora foi negativo. Agora, até é bom saber que há tanta gente que gosta de atletismo”, finalizou Irina Rodrigues, que, além do nono lugar hoje conquistado, foi 25.ª em Tóquio’2020 e 32.ª em Londres’2012, depois de ter falhado o Rio’2016 devido a lesão já na Aldeia Olímpica.