É a precursora do padel em Leiria e continua a jogar por títulos internacionais

O fenómeno padel está espalhado por todo o mundo e em Leiria também não para de crescer. Há muitos casais e também famílias inteiras, de pai, mãe, filho e filha, que procuram aprender com Susana Feitor Dias.

E que melhor professora poderiam arranjar do que a pessoa que introduziu a modalidade em Leiria, há 14 anos, ainda por cima com um currículo impressionante?

Sim, foi uma vez vice-campeã mundial e duas vezes vice-campeã europeia de veteranos, mas a demanda por novos troféus não terminou, por muito que esta seja uma modalidade com uma forte componente social.

Na próxima semana, na verdade, Susana Dias vai estar em Alicante para disputar o Europeu master (categoria +40 anos). Bem perto, de resto, do local onde se apaixonou pela modalidade. Era tenista, mas encantou-se com o padel numas férias em Espanha, onde já estava fortemente implantado, e não quis saber de outra coisa.

E são simples, os objetivos da dupla que vai constituir com Ana Guedes nesta competição internacional: “é tentar não me lesionar e subir ao pódio”, diz, bem-disposta, a jogadora e treinadora leiriense.

Como boa desportista que é, tem o discurso bem treinado. “Vamos pensar num jogo de cada vez e o título é sempre um objetivo. Depois, umas vezes corre bem e outras corre mal.”

Mais importante, contudo, é ser feliz dentro do campo. “É engraçado, porque é um jogo de concentração, um autêntico xadrez, num campo pequeno, mas muito rápido e com pouco tempo para pensar. Não é aborrecido. É muito sério, mas divirto-me muito dentro do campo.”

Talvez por isso, a modalidade tenha gradualmente conquistado a cidade a partir do Clube da Escola de Ténis de Leiria (CETL), em 2009.

“Hoje, toda a gente joga padel e até as empresas estão metidas em ligas. É um jogo engraçado e que tem sido transversal. Há pessoas que nunca fizeram nada de desporto e aderiram de forma séria ao padel, mas também atletas com um enorme currículo, como a olímpica Vânia Silva, que encontrara uma modalidade que, sem ter tanta exigência, lhes permite continuar a sentir o desafio diário da adrenalina e da competitividade”.