Fisioterapeuta de Leiria é trunfo olímpico para o sucesso do ténis português em Paris

Como qualquer desportista, André Santos sonhou ser atleta olímpico, mas rapidamente percebeu, enquanto praticante de atletismo na Juventude Vidigalense, que jamais conseguiria atingir tal feito, “reservado aos melhores do mundo”.

Quis o destino que rapidamente passasse a viver entre eles e o sonho olímpico está neste momento a realizar-se, de facto, em Paris. Nos últimos dois anos acompanhou os momentos mais importantes do nosso ténis, já esteve nos Grand Slam, mas isto é outra coisa.

“É um evento exclusivo e nunca pensei, apenas quatro anos após ter terminado a licenciatura, poder estar a vivenciar este momento como fisioterapeuta dos melhores do mundo. Passou de sonho a realidade”, sublinha.

André Santos não está instalado na Aldeia Olímpica. Ele é o fisioterapeuta da Federação Portuguesa de Ténis e não do Comité Olímpico de Portugal. Ainda assim, tem contacto diário com Nuno Borges e Francisco Cabral, que já se preparam para entrar em ação. A competição de ténis arranca já próximo sábado, dia 27 de julho.

André Santos já está em Paris

Nuno Borges, número 42 mundial, é o único representante português nos quadros de singulares e tem encontro marcado na primeira ronda com o argentino Mariano Navone, número 36 do Mundo.

O tenista português acaba de vencer a final do torneio ATP 250 Bastad e o nosso André esteve lá com ele. “Foi contra o Nadal, foi épico, inédito e histórico para o ténis português. Até me arrepiei!”

Em pares, Nuno Borges e Francisco Cabral vão estrear-se nos Jogos Olímpicos de Paris contra os irmãos gregos Stefanos e Petros Tsitsipas.

“O meu trabalho é muito parecido ao que costumo fazer com eles. Rotinas de aquecimento, prevenção e tratamentos para recuperarem”, explica André Santos, rapaz de 25 anos do Casalito, freguesia de Amor.

Além de trabalhar os nível da “prevenção da lesão”, que no ténis acontecem muito por “sobrecarga” e especialmente no braço dominante, no cotovelo, no punho e no joelho, tenta contribuir o mais possível para o trabalho interdisciplinar da equipa profissional de “excelência” composta por treinador, psicólogo, preparador físico e nutricionista.

Nestas competições, que são verdadeiras maratonas, também tem de deixar os tenistas preparados para o desafio seguinte. “Temos de recuperá-los o melhor possível porque amanhã voltam a ter jogo. Sou o primeiro a dizer: comer bem, hidratar bem e dormir bem. Isso é que vai fazer a diferença.”

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