Centenas de pessoas das comunidades skater e biker de todo o país assistiram, na tarde deste sábado, à inauguração do Parque Radical de São Romão, após os profundos trabalhos de remodelação de que foi alvo. O momento, emocionante, contou com a participação de elementos das várias gerações – antigas e atuais – que tornaram estas culturas particularmente expressivas em Leiria.
A obra nesta infraestrutura, inaugurada em 2006 e já obsoleta e desgastada, esteve a cargo da empresa leiriense Wasteland Skateparks. Custou 150 mil euros e corrigiu algumas deficiências de projeto e, como enfatizou o presidente da Câmara Municipal de Leiria, “melhorou as condições de segurança”, num trabalho de cooperação entre os praticantes de skate e de BMX para que o espaço responda de forma competente às necessidades de ambas as modalidade.
“É uma intervenção aguardada há muito por amantes do skate e da bicicleta. Felizmente, duas modalidades uniram-se e conseguiram fazer um dois em um, o que é muito difícil nos dias de hoje. Fez-se uma obra notável que está hoje ao dispor de todos os atletas, não só de Leiria, mas de todo o país, que podem visitar este espaço brutal”, explicou Gonçalo Lopes.
“Fizemos o nosso terreno verdade, na nossa cidade. Queremos passar o testemunho aos mais novos e mostrar à sociedade que estas são modalidades livres, já atingiram o patamar olímpico, estão para ficar e são o futuro da juventude”, atirou João Sales, da comunidade skater.
A sessão contou com aulas gratuitas e demonstrações por atletas profissionais, que entusiasmaram o jovem público com as manobras espetaculares que realizaram aproveitando as condições de excelência do recinto. Contudo, e fazendo jus à essência da sua construção, o Parque Radical de São Romão continuará a ser um espaço privilegiado para famílias e para a iniciação de outras disciplinas, como o inline ou as trotinetas.
Foto: Rogério Venâncio