Nunca o bar do Grupo Desportivo Santo Amaro foi tão concorrido como nesta semana que hoje termina. E, curiosamente, nem sequer é para beber umas águas, um café ou uma mini. Os clientes também não são, como é hábito, os pais de desportistas, vizinhos ou os sócios de longa data.
Quem está a entupir o serviço são mesmo os atletas do emblema da Ortigosa, dos petizes aos veteranos, do futebol ao judo, e não, não é para pedir um refresco.
O que se passa é que na gala do 47.º aniversário do Santo Amaro, comemorada no passado sábado, foi lançada uma coleção de cromos com os elementos que envergam, orgulhosamente, aquelas cores. Depois de uma primeira edição interrompida pela Covid-19, desta vez há espaço no álbum para as 276 personalidades.
Sem exceção, a começar no Martim, dos petizes, passando pelo Tomás, pelo Guilherme e terminando no Pedro, dos juniores, todos ficaram tão encantados que querem completá-lo o mais rapidamente possível.
Diogo Silva, o jogador do plantel sénior que ilustra esta peça, teve a sorte suprema de receber o próprio cromo na primeira carteira que abriu, ainda durante a celebração. Mas nem todos tiveram a mesma sorte.
“É uma carteira, por favor”, diz um miúdo. “Quero cinco bolsas”, atira o seguinte, com as moedas na mão, com a cabeça a espreitar por cima do balcão.
“Tem sido uma loucura”, conta Alexandre Gaspar, presidente do Santo Amaro. “A procura dos cromos tem sido imensa e já há pessoas a quem faltam poucos cromos para terminar a coleção.”
Claro, antes e após os treinos não se fala noutra coisa. Os miúdos levam os cromos repetidos para trocar com os colegas. O espírito de equipa e a paixão pelo clube ficam, naturalmente, engrandecidos.