Se do físico tratam todas as semanas, a expressão “mente sã em corpo são” nunca fez tanto sentido para os utentes do programa Viver Activo que, esta quarta-feira, lotaram o auditório do Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa.
Foram 120, os que quiseram assistir ao colóquio Viver Ativa(mente) – O papel do otimismo e da resiliência, que teve como convidada Susana Custódio, doutorada em Psicologia e docente da Escola Superior de Saúde de Leiria.
A palestra transformou-se muito mais numa troca de ideias devido às muitas partilhas de experiências efetuadas pelos utentes do programa municipal que visa a promoção do bem-estar físico e mental da população com mais de 55 anos.
“A nossa vida é uma viagem e devemos tornar essa viagem o mais agradável possível”, explicou Susana Custódio, que exortou os utentes a adotar a serem otimistas na interpretação que fazem dos acontecimentos da vida e a colocar “um sentido proibido aos sentimentos pessimistas”.
Explicou, no entanto que o otimismo “tem de ser construído”. Já o “sofrimento e a tristeza fazem parte da vida, mas fazem-nos valorizar a alegria”, explicou.
O “suporte social”, entende, potencia o otimismo e o Viver Activo tem um papel decisivo, como foi também foi enfatizado pelo vereador do Desporto, Carlos Palheira. O convívio e a prática desportiva são veículos fundamentais para o desenvolvimento da saúde e bem-estar, tanto a nível físico, como a nível psicológico, e na promoção da felicidade.
Para se atingir ao otimismo é, entende Susana Custódio, necessário comprometimento com essa vontade e identificar momentos e causas que nos deixam pessimistas, valorizando os sucessos.
“Viver o presente”, “rodear-nos de boas pessoas e com energia positiva”, “aprender coisas novas”, “cuidar do corpo e da mente”, “definir objetivos”, “meditar e relaxar”, “conectar-nos com a natureza”, “sorrir e fazer sorrir os outros e “ser solidário, gentil e grato” são outras condições necessárias para uma vida otimista. “E aceitar o passado com serenidade.”