Após duas décadas ao mais alto nível, a Juventude do Lis foi despromovida e jogou no segundo escalão na temporada passada. Foi um ano triste, longe dos patamares a que se habituou, mas o suplício finalmente terminou e está agora de regresso à 1.ª Divisão de andebol feminino.
A estreia está para breve. É já este sábado, dia 2 de setembro, em São Pedro do Sul, vila onde às 17 horas encontrará a Academia local.
Ora, a equipa de Marco Afra não quer sobressaltos. Quer ser certinha, regular, fazer uma época “descansada” e ficar “nos seis primeiros lugares”, explica Bárbara Ferreira, a capitã. “A forma de disputa do campeonato vai ser diferente e depois de uma primeira fase, as seis primeiras vão lutar pelo título e as quatro últimas vão evitar descer de divisão. É uma forma de ficarmos assegurarmos desde logo a manutenção.”
O plantel, esse, apresenta várias alterações para esta época “desafiante”. Só houve duas saídas, entre elas a influente Ana Lúcia Pedrosa, que deixou de jogar, mas as entradas foram muitas, com destaque para Paola Santos, guarda-redes uruguaia, de 27 anos, que chega do Balonmano Pozuelo, de Calatrava, Espanha.
Do JAC Alcanena chegam a internacional A Neuza Valente, Beatriz Torcato e Márcia Rodrigues, enquanto Érica Salvador e Carolina Paulo transitam do Cister de Alcobaça. Beatriz Figueiredo é outra das novidades, oriunda do ARC Alpendorada, e Andreia Cardoso regressa ao clube de Leiria após uma experiência nas irlandesas do Dublin City.
O treinador, Marco Afra, tem também o objetivo apostar em força nos jovens talentos da formação. “É importante, porque é difícil ir buscar jogadoras, como acontece no norte. Também serva para as mais novas perceberem as dinâmicas de jogar na 1.ª Divisão”, sublinha Bárbara Ferreira.
O momento está a chegar e a equipa está “motivada” com este regresso ao patamar mais alto da modalidade, garante a capitã. “Estamos de volta ao local de onde nunca devíamos ter saído. Queremos ser competitivas, mostrar a nossa qualidade e honrar o desporto de Leiria.”