Leirienses são reis no todo-o-terreno e Luís Filipe Caetano é o nosso mais recente campeão nacional

Com bom leiriense que é, desde pequeno que o roncar dos carros de competição e o cheiro a pneu queimado exercem, sobre Luís Filipe Caetano, um grande fascínio que ganhou corpo com o convívio diário com muitas pessoas do meio.

Apesar de o pai ser um aficionado, enquanto espectador, da emoção das quatro rodas, o jovem piloto não tinha tradições familiares nos volantes de competição. Nada, contudo, que o impedisse de ser, com 21 anos apenas, o novo campeão nacional de todo-o-terreno da classe T2, dedicada aos carros mais aproximados com os de série, e logo no ano de estreia na competição.

Sim, é verdade, na região os talentos nesta área brotam com uma facilidade impressionante. E se Ricardo Porém e João Ferreira já dispensam quaisquer apresentações, a próxima grande figura pode muito bem estar à vista de todos.

Mas vamos por partes: por esta altura, no ano passado, estava Luís Filipe Caetano a regressar aos volantes, precisamente com aqueles dois craques, nas clássicas 24 horas TT de Fronteira.

Foi o retomar da competição depois de um ano “um bocadinho fora” após cinco anos de karting, onde chegou a vencer corridas, mas onde os azares e as peripécias lhe deram uma tarimba adicional que agora aproveita ao volante da Nissan Pathfinder R51.

Quando, para 2023, decidiu avançar com um “projeto a tempo inteiro” com a equipa Tim Competição, também ela da região, este estudante de Geologia em Lisboa tinha como “único objetivo” aprender as especificidades do todo-o-terreno, já que era uma “mudança grande” para quem vinha diretamente do karting.

Com mais lama e menos asfalto, Luís Filipe Caetano acabou por ser o mais regular da temporada em T2. Venceu a Baja TT de Loulé, foi segundo nos Montes Alentejanos e em Reguengos de Monsaraz, e ainda terceiro na Extremadura, no Oeste de Portugal e na Baja Portalegre 500. “Na Baja TT Norte de Portugal desisti devido a um erro que cometi”, admite o piloto.

Nada que lhe retire a felicidade pelo título, mas também por ter sido competitivo e evoluir bastante ao lado do navegador André Couceiro. “Se me dissessem, no início do ano, que ia lutar por vitória e sagrar-me campeão nacional nunca acreditaria.”

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