Gonçalo Jacinto está envolvido no Clube da Escola de Ténis de Leiria desde os tempo em que as instalações eram no Parque do Avião.
Depois, com as obras do Polis, o emblema, mais conhecido na cidade por CETL, não se afastou do rio Lis, mas mudou-se para São Romão, onde ocupa umas instalações "espetaculares".
Tão espetaculares que deixamos o convite para assistir a um fim de tarde e beber uma água - ou outra coisa qualquer - na esplanada do Complexo Municipal de Ténis Dr. Rui Garcia.
"É absolutamente imperdível", diz-nos o presidente, que arranca agora para o segundo mandato, mas cujas prioridades vão muito para lá das paisagens.
Na verdade, desde que chegou à presidência do clube, em 2019, Gonçalo Jacinto, que foi atleta, treinador e dirigente, tem como objetivo devolver o clube à cidade.
"Reconheço o que foi feito até aqui, mas quero que o clube seja mais acessível e tenha outra visibilidade. O espaço está disponível para todos usarem e nós temos a obrigação de o tratar bem", sublinha o responsável.
A aposta também passa por causar uma disrupção e tornar o clube fundado em 1978 "numa referência a médio prazo" no que à competição diz respeito.
Para tal, admite Gonçalo Jacinto, a chegada de Miguel Sousa, treinador dos quadros da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), tem uma papel decisivo, como também tem a recente repavimentação dos campos, que contou com o apoio do Município de Leiria.
Isto, sem jamais descurar a vertente social, "fundamental" para o clube ser o que é hoje.
Mas o CETL é muito mais do que ténis. Foi, mesmo, o segundo clube do país a aderir ao padel e tem em Susana Feitor Dias uma treinadora de referência, até pelas conquistas internacionais que tem tido enquanto jogadora.
Só que, nesta modalidade, acabou por ser "ultrapassado" pela crescente oferta existente na região, exacerbada pelo facto de os dois campos existentes serem ao ar livre.
"Perdemos tudo no Outono e no Inverno e quando chega à Primavera voltamos a começar de novo", explica Gonçalo Jacinto, que revela já ter apresentado ao Município de Leiria um projeto para mais três campos de padel, desta vez cobertos.
Neste momento, o clube tem 250 alunos - 200 de ténis e 50 de padel - e o objetivo é continuar a apostar no corpo de técnicos para dar aos jovens a possibilidade se, assim entenderem, poderem seguir para a competição.
Por falar em competição, o CETL quer continuar a apostar na realização de grandes eventos, como a segunda edição do Leiria W25, com prémios de 25 mil dólares, já em agosto, evento que levará à cidade algumas das mais promissoras jogadoras internacionais.
Complexo Municipal de Ténis Dr. Rui Garcia da Fonseca