Depois de passar por outros clubes dedicados à modalidade, Ana Malhado, com a colega Márcia Pedro, fundou a EGFA – Escola de Ginástica de Formação Acrobática a 30 de abril de 2015.
Nos primeiros anos, o projeto funcionou nas instalações da ARDOG, na Gândara, até que em 2020 se mudou para um espaço muito mais amplo, o pavilhão da ADR Mata, nos Milagres.
Preocupadas com o bem-estar dos ginastas, a palavra "formação" tem muito peso nos objetivos da associação.
"É de onde vem a paixão pela ginástica acrobática. Depois, os miúdos têm a oportunidade de ir subindo patamares e entrar na competição", sublinha a responsável, licenciada em Desporto.
Mesmo com a quebra decorrente da pandemia, que obrigou a que a competição fosse "praticamente nula", o clube tem 90 ginastas, dos 3 aos 18 anos, e já soma várias medalhas em grandes eventos.
"O trabalho na modalidade é bastante árduo e só com sacrifícios se conseguem resultados", explica Ana Malhado.
O destaque vai para a medalha de bronze no Campeonato Nacional conquistada pelo par misto do escalão júnior composto por Francisco Pereira e Bruna Duarte.
No entanto, a importância da ginástica acrobática vai além das mais-valias físicas. É sobretudo reconhecida pelos "fortes laços de amizade" que cria entre parceiros, bem como o "espírito de trabalho em grupo" e, mais importante ainda, a "confiança entre parceiros e treinadores".
A EGFA participa em "muitas competições", inclusivamente no estrangeiro, tendo como objetivo dar novos estímulos aos ginastas.
Em 2020, por exemplo, tinham as passagens compradas para viajar até ao País de Gales, mas a pandemia não permitiu a realização da viagem.
Cativar rapazes é que é "mais difícil" e "os poucos que existem não contam aos amigos", lamenta Ana Malhado. Mas com tanta "força, flexibilidade e postura corporal exigidas, também há um lugar para eles."
Pavilhão da ADR Mata