Academia Desportiva CCMI

O facto de não haver um projeto de futebol formação na zona central da cidade já várias vezes tinha sido tema de conversa naquele grupo de pais de pequenos atletas de vários clubes do concelho.

Curiosamente, eram todos progenitores de alunos do Colégio Conciliar de Maria Imaculada (CCMI), instituição de ensino que tinha um velho pelado.

Propuseram, foi aceite, e assim nasceu, em 2015, a Academia Desportiva CCMI, que pretendeu colmatar a tal "lacuna" existente em Leiria e a escola também "ganhou uma valência" e a "melhoria significativa" das instalações para Educação Física num espaço que até então tinha pouca ou nula utilização.

A adesão ao projeto, não há outra forma de dizer, "foi brutal", considera o presidente da Direção.

Se no primeiro ano tinham 48 pequenos futebolistas, na temporada que corre o número já ultrapassou os 340. "Se só considerarmos a formação, somos o maior clube do distrito", sublinha Renato Cruz.

Motivos há muitos. "A questão geográfica teve importância, mas também a aposta na certificação pela Federação Portuguesa de Futebol (3 estrelas) em que fomos pioneiros."

Com "treinadores certificados, boas instalações e oferta credenciada", a procura tornou-se natural, explica o responsável.

Ainda por cima, no final do ano passado avançou para a reabilitação do campo de futebol do Soutocico. Agora com dois relvados sintéticos de futebol de 11 e um de futebol de cinco, as condições são invejáveis.

"Temos espaço, qualidade de treino e todas as equipas treinam a campo inteiro pelo menos uma vez por semana."

Com o projeto consolidado, o objetivo da Academia CCMI é aumentar o nível qualitativo das equipas, o que está a acontecer.

Os iniciados lideram confortavelmente a Divisão de Honra distrital e deverão ser a primeira representação do clube a ascender as competições nacionais.

Renato Cruz admite que o facto que chegar a esse patamar na terceira época com futebol de 11 é "muito interessante", ainda por cima tendo em conta que os atletas já são produto da formação da casa.

Contudo, o desejo é mesmo ter também juvenis e juniores nas provas nacionais a médio prazo. "Não é fácil, mas..."

O futebol feminino, também já certificado (2 estrelas), é a outra área que Renato Cruz pretende alavancar, tendo já 50 raparigas a jogar à bola e com talento deslocado para os grandes de Lisboa.

Não há dúvida: as coisas estão a correr mesmo bem. "Todas as semanas aparecem meninos novos. Permite-nos pensar no futuro sem estarmos dependentes de nada..."