Seja adepto ou rival, ninguém fica indiferente quando chega ao novo pavilhão do Clube Atlético de Regueira Pontes (CARP). Emoldurada pelas cores da agremiação, a decoração contemporânea é “apelativa” e “marca pela diferença”. É o sinal dos novos tempos.
A infra-estrutura, inaugurada em Setembro de 2021, pretende ser disruptiva em relação ao passado recente. É que não foi há muito tempo que aquele emblema teve de acabar com a prática do futsal porque não tinha condições mínimas.
Foi em 2016. Na altura, tinha equipas em cinco escalões etários, mas os treinos e os jogos eram realizados num polidesportivo ao ar livre. “Cada vez que chovia não se jogava nem se treinava. Era uma enorme confusão”, recorda Amílcar Gaspar, presidente da Direção há mais de duas décadas.
Alguma coisa tinha de ser feita. A ideia da transformação do polidesportivo num pavilhão coberto tem praticamente duas décadas e chegou a ser equacionado receber a cobertura do antigo pavilhão de Leiria demolido durante as obras para o Europeu de futebol de 2004.
Várias possibilidades estiveram sobre a mesa, mas o tempo foi passando e só agora foi possível a obra avançar. “O clube tem parcos rendimentos e a obra não seria possível sem o apoio da autarquia”, sublinha Amílcar Gaspar. Durante esta meia-dúzia de anos sem futsal, a Direção investiu “na melhoria das condições” estruturais. Com um “apoio substancial” por parte da Câmara Municipal de Leiria, a Direção decidiu avançar com o projecto.
Em Setembro de 2020 foi então dado o pontapé de saída da obra, que ficou concluída precisamente um ano depois, mesmo a tempo de apresentar uma equipa sénior para a nova temporada. A estreia da nova equipa na 1.ª Divisão distrital de futsal no novo pavilhão deu-se a 8 de outubro, com um empate frente a equipa de Maçãs de Dona Maria.
Porém, o objectivo é ir mais longe. “Com estas condições queremos voltar à base e ter novamente várias equipas. Estamos a fazer um enorme esforço nesse sentido. O objectivo é criar uma habituação nos mais novos e apostar na formação.”
Os habitantes da freguesia “sentem imenso orgulho no trabalho que lá está feito”, enfatiza o presidente, até porque é uma coisa “em grande”. “Foi imaginado não só para a prática de um desporto, mas de vários. É um multiusos e não está condicionado pela altura nem pela largura. Tem as medidas máximas e cabe lá qualquer tipo de desporto.” Mesmo assim, os 300 lugares sentados não são excessivos. “Duvidava que podia lotar, mas já encheu e por várias vezes.”
Clube Atlético de Regueira de Pontes