Desiludido por considerar que os marchadores não tinham um clube onde pudessem levar a disciplina a sério, Carlos Carmino decidiu, no final de 2012, criar o Leiria Marcha Atlética Clube.
O técnico nacional de marcha atlética tinha o objetivo de, com este clube, conseguir ter todos os anos marchadores presentes em grandes competições internacionais.
Foi-se rodeando de bons atletas e apontou, logo de início, as baterias para a presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, com Daniela Stoffel Cardoso, o que viria a conseguir.
"Este é um projeto bem-sucedido", garante Carlos Carmino, que ocupa neste momento o cargo de presidente.
"Podíamos ter estado também nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, com o Hélder Santos, mas teve momentos muito difíceis do ponto de vista fisiológico e depois, com a Covid-19, não pôde preparar-se convenientemente."
Na marcha atlética, entende o técnico, os atletas não têm muitas oportunidades para conseguir fazer marcas de qualificação devido à exiguidade de provas, pelo que as oportunidades têm de ser aproveitadas.
Foi o que aconteceu para o Campeonato da Europa de Munique, que começa a 14 de agosto, onde o clube de Leiria voltará a estar representado ao mais alto nível e logo por dois atletas.
Se Hélder Santos defenderá as cores de Portugal nos 35 km marcha, Joana Pontes, uma atleta que Carmino acompanha desde muito nova, vai marcar presença nos 20 km.
Ela é uma as grandes promessas do atletismo regional, atual campeã nacional esperança da disciplina e em quem o treinador acredita muito.
Espera, de resto, como de Hélder Santos, que estejam presentes nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. De preferência, ainda com as cores do Leiria Marcha Atlética.
Fotos: ADAL
Estádio Municipal de Leiria