Para o Sport Clube Leiria e Marrazes, as comemorações deste fim de semana têm motivos muito mais abrangentes do que o título distrital conquistado pela equipa júnior com a consequente subida aos campeonatos nacionais de futebol.
O feito da equipa orientada por Micael Pedrosa, que em 2022/23 ainda não perdeu, representa, acima de tudo, alcançar algo que nunca tinha conseguido: o plenos nas provas nacionais dos escalões de formação.
É que além dos juniores (sub-19), também os juvenis (sub-17) conquistaram o campeonato da Associação de Futebol de Leiria e vão militar, em 2023/24, no segundo escalão nacional.
A esta duas equipas juntam-se os iniciados (sub-15), que disputavam o escalão máximo, mas acabaram por ser relegados para o segundo patamar.
No cômputo geral, a temporada só pode ser vista como muito positiva. E este feito, garante-nos João Rocha, provavelmente o melhor conhecedor destas contas, é absolutamente único, diz-nos o ex-jogador, treinador e dirigente do emblema que veste de negro.
É verdade que o Leiria e Marrazes tem tido presenças nas provas nacionais em todos os escalões de formação, mas nunca tinha conseguido juntar as três equipas “lá em cima”.
Ora, esta página dourada do símbolo do corvo é, entende o presidente da direção, um sinal importante para este clube que recebeu quatro estrelas (em cinco) no processo de certificação enquanto entidade formadora da Federação Portuguesa de Futebol.
“É algo que ambicionamos desde que tomámos posse. Os níveis competitivos são muito diferentes, o que ajuda a crescer os nossos atletas e também valoriza o próprio projeto”, sublinha Pedro Dinis.
Com efeito, considera o responsável, ter todas as equipas nos campeonatos nacionais permite, por outro lado “reter os talentos”, o que seria mais difícil se as equipas militassem nos campeonatos distritais.
São “ótimas notícias” para os 360 futebolistas do Leiria e Marrazes, um número que só é possível, tal como os resultados alcançados, pelo facto de na Aldeia do Desporto haver espaço para todos poderem trabalhar com qualidade.
“Sem dois relvados sintéticos? Seria impossível! E se tivéssemos mais um também lhe dávamos uso”, garante Pedro Dinis.
(15/05/2023)
Aldeia do Desporto