Vasco Botelho da Costa quer ser campeão e repetir feitos de Pedro Gomes e Vítor Oliveira

Quem é o leiriense que nunca ouviu falar do mito N’Habola e do pé canhão Dinda? Pois bem, estes dois antigos futebolistas, o primeiro guineense e o segundo brasileiro, estão intimamente ligados a cada um dos dois títulos nacionais de futebol alcançados pela União de Leiria, um número que o atual treinador, Vasco Botelho da Costa, não esconde querer alargar.

Foi em 1980/81 que o clube do Lis conquistou o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão pela primeira vez. Acabada de ser despromovida do escalão principal, a equipa, orientada, por Manuel Pedro Gomes, venceu a zona Centro e depois a fase final, frente a Estoril Praia e Rio Ave, com um plantel onde militavam nomes consagrados como José Dinis, Fernando Tomé, Nascimento ou Vítor Manuel.

Dezassete anos depois, o filme foi parecido e a conquista sucedeu a uma época menos feliz no patamar principal. Com o rei das subidas Vítor Oliveira ao leme, e numa altura em que o segundo escalão já era disputado numa série apenas, a então 2.ª Divisão de Honra, a União de Leiria deixou Beira-Mar, FC Alverca para trás e festejou o título na fonte luminosa que então havia junto ao Mercado Municipal.

Baptista, Paulo Duarte, Bilro, Sérgio Nunes, Dinda, Gervino, João Manuel, Mário Artur, Duah e Reinaldo constituíam o núcleo duro de um plantel construído para vencer.

Agora, é Vasco Botelho da Costa que quer colocar no museu unionista a terceira taça de campeão nacional, desta feita da Liga 3, garantida que está a promoção à 2.ª Liga depois de 11 anos a falhar, quase sempre por um triz.

“É o nosso grande objetivo, trazer a taça para Leiria. Óbvio que não podemos de modo algum menosprezar o que vai ser o jogo com o Felgueiras”, disse o técnico, referindo-se também ao jogo da última jornada da fase final, que já não interfere na classificação das equipas e que será disputado no próximo sábado.

Depois, aí sim, vai começar a preparar a fundo a final, que será no dia 21 de maio, no Jamor, resta saber o adversário: Belenenses, Vilaverdense ou Sanjoanense. “Um clube como a União de Leiria tem de ambicionar trazer a taça para casa”, afirmou, à agência Lusa, Vasco Botelho da Costa, que apontou “o trabalho, a seriedade e o equilíbrio” como motivos primordiais para o sucesso unionista.

A equipa funcionou “como um todo” e “o que faz verdadeiramente diferença é a qualidade do grupo, a qualidade dos atletas”. “Cada vez que entrámos em campo, entrámos com uma cidade às costas. Foi possível capitalizar da melhor forma, para depois atingirmos os nossos objetivos”, sublinhou.

Quanto ao futuro à frente da União de Leiria, o treinador lembra que tem mais um ano de contrato e que há “comunhão de ideias e uma simbiose no que são os objetivos”, o que “torna tudo mais fácil”. “Dificilmente não continuarei, mas conversas e balanço só acontecem no final.”

No plantel, Botelho da Costa reconhece qualidade para o desafio da II Liga. “Temos inúmeros jogadores que já estiveram nesses patamares. Dificilmente haverá algum tipo de revolução. Mal será se estivermos focados naquilo que é a próxima época quando ainda temos muito para dignificar e acrescentar à história deste clube, que é um título.”

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