Portugal é vice-campeão mundial de corrida em altitude com o contributo de um leiriense

Há coisa de dois meses falámos dele: o leiriense que jogou andebol, fez natação, começou a correr nas Brisas do Lis Night Run e tinha acabado de ganhar pela primeira vez a festa da corrida na cidade, o Leiria Run.

Pois bem, Tomás Estevães volta a ser assunto, desta feita por algo bem mais sério, pois acaba de se sagrar, com Portugal, vice-campeão mundial jovem de skyrunning. Nestas corridas de altitude e grandes desníveis positivos, ganhou a Espanha.

“Acreditava ser possível, pois este ano tínhamos uma seleção bastante forte em todos os escalões, mas é sempre uma alegria imensa e uma surpresa conseguir atingir um feito destes. É a prova de que em Portugal existe muito talento e que o trabalho que se tem vindo a realizar com os jovens já começa a dar frutos”

Foi em Andorra, no passado fim de semana, e o corredor de Leiria, de 21 anos, contribuiu para a classificação nacional com o 27.º lugar na prova de sub-23 de Skyrace.

“Mesmo sabendo que não estaria na melhor forma comparada a outras alturas, pois tem sido um ano com alguns altos e baixos, treinei para me apresentar capaz de enfrentar as provas.”

No Quilómetro Vertical, corrido na sexta-feira, as coisas não correram por aí além. “Devido ao calor, à altitude ou a simplesmente estar num dia mau, o meu corpo não reagiu bem o que me levou a ter alguns problemas gastrointestinais durante a prova”, conta Tomás Estevães, que se vingou na corrida de domingo, a Skyrace.

“Consegui melhorar a minha prestação, e também consegui gerir muito melhor a prova. Senti um pouco a falta de treino e tenho a noção que ainda tenho algumas dificuldades em certos aspetos técnicos deste tipo de prova, mas saio deste mundial com bastante vontade de treinar e de melhorar todos os meus pontos menos positivos.”

O campeonato do Mundo, garante, fez-lhe “aumentar imenso” a motivação, até porque estes foram dias felizes. “O ambiente entre a seleção portuguesa é incrível e muito alegre, e a oportunidade de convivermos com outros atletas da nossa idade, mas de outras nacionalidades é uma experiência também muito enriquecedora.”

Tomás ainda tem mais dois anos neste escalão etário e pretende voltar a ser convocado para chegar mais alto. Até porque nas alturas sente “paz”, mas também “adrenalina”.

Para isso, já se sabe, terá de trepar – e muito – por alguns dos locais que mais gosta, como a serra da Maúnça e a Senhora do Monte.  É que ele tem um objetivo: “quero debater-me mais perto com os lugares da frente”.

Comentários

  • EJ
    28 Julho, 2022 @ at 08:49

    Que orgulho! Força e coragem para continuar! Muitos parabéns!

Adicione um Comentário