Resiliência de Jocelina Ferreira valeu a medalha de bronze no Mundial de Sky Running

Quando corre pelas serras sente-se “em paz”, mas não é por isso que deixa de ser das mulheres mais rápidas do planeta. Tão rápida que acaba de conquistar a medalha de bronze no Campeonato do Mundo de Sky Running para Veteranos.

Jocelina Ferreira começou a correr por brincadeira nas Brisas do Lis Night Run, mas rapidamente deu o salto para a competição. Apesar de iniciar-se tarde na modalidade, rapidamente mostrou uma capacidade ímpar para provas duras.

O currículo é impressionante, com várias medalhas importantes, e seis presenças entre Europeus e Mundiais, mas o terceiro lugar (+50 anos) conquistado no passado fim de semana, em Vouzela, é dos mais saborosos.

Até porque a prova não foi de todo fácil, como 55 km de extensão e 3.500 metros de desnível positivo.

“Poderia ter corrido melhor se não tivesse deixado de ingerir qualquer tipo de alimentação e líquidos derivado ao calor que se fez sentir. Durante alguns quilómetros foi muito duro, mas consegui recuperar”, explica a atleta leiriense após a aventura na Serra do Caramulo, um lugar cheio de surpresas, de vistas magníficas e de desafios estimulantes.

Soube sofrer, mostrou resiliência e foi recompensada. Ainda por cima, a este medalha de bronze, Jocelina Ferreira junta a medalha de ouro conquistada por Portugal. A correr em casa, com uma numerosa e forte seleção, a equipa nacional dominou as restantes dezoito seleções oficiais e sagrou-se campeã mundial.

Os resultados, as medalhas, as conquistas e as internacionalizações deixam-na orgulhosa, mas, definitivamente, não é isso que a faz correr. Quando está no alto das montanhas “passa tanta coisa pela cabeça”.

“É uma sensação de que gosto: andar muitas horas na serra e desligar do mundo. É como estar a flutuar, até porque estou perto das nuvens. É uma sensação de paz de espírito tão boa que só sabe quem faz.”

Foto: Zela Ultra Trail

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