Estes juniores jogam à Marrazes e não sabem o que é perder

A equipa júnior (sub-19) de futebol do Sport Clube Leiria e Marrazes está a ter uma época de sonho. São, já, duas dezenas de jogos sem conhecer o sabor da derrota, com 18 vitórias alcançadas e apenas dois empates consentidos.

O registo coloca-a na liderança da Divisão de Honra distrital e atribui-lhe o estatuto de candidata à subida aos campeonatos nacionais, quando já só lhe faltam seis jogos para concluir a prova. E ainda está na meia-final da Taça do Distrito de Leiria…

Com apenas sete golos sofridos e já 77 marcados, 23 deles da responsabilidade de Diogo Oliveira, a equipa tem apresentado um nível superlativo, com os jogadores a evidenciarem as características que distinguem aqueles que são formados naquela casa.

São lutadores e resilientes, como todos os jogadores do Leiria e Marrazes devem ser”, sublinha Micael Pedrosa, treinador da equipa desde a sexta jornada e que tem como inspiração maior José Mourinho, de quem foi jogador, em 2001/02, na União de Leiria.

Métodos diferentes, formas disruptivas de encarar atletas, adversários e comunicação social, foi um mundo novo que então surgiu e que ainda hoje influi o modus operandi de muitos jovens técnicos. “Aprendi muita coisa com ele. A metodologia, a forma como geria o balneário e conseguia impor as suas palavras de forma fácil foi o que mais me marcou”, explica o treinador da equipa sub-19.

Ele que na sua carreira de futebolista profissional também teve a oportunidade de trabalhar com outros treinadores de nomeada, como Vítor Pereira, José Morais e Manuel José. Com todos aprendeu “qualquer coisa”.

Gosto que a minha equipa tenha alma, prazer a jogar e muita vontade, como se fosse o último jogo.” É precisamente isso que acontece neste Leiria e Marrazes. “Conseguimos criar um grupo comprometido, coeso e disciplinado, o que nem sempre é fácil em equipas que ganham muitos jogos, principalmente nestas idades dos 17 e 18 anos, onde é difícil manter os pés assentes. Temos colmatado as lacunas com espírito e trabalho.”

Ainda assim, apesar de tudo estar a correr de feição, faz questão de salientar que nada está ganho e que o regresso aos campeonatos nacionais, onde não está desde 2013/14, ainda vai exigir muito trabalho aos corvos. É que o Ginásio de Alcobaça está próximo, pelo que não há espaço para adormecimentos. “É um registo interessante, mas que nada vale se não conseguirmos a subida. Por isso, não podemos descuidar-nos. Respeito muito o futebol e sei que se não formos humildes ele vai punir-nos.”

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