“Anda lá, Célia, que já são oito e um quarto!” Aproximava-se a hora marcada e muitas pessoas acediam a passo acelerado para a Praça Rodrigues Lobo.
Depois de dois anos de ausência pelos motivos que todos sabemos, esta quarta-feira marcava o tão ansiado regresso das Brisas do Lis Night Run.
Um dos motivos, quiçá o maior, que levou Leiria e ser uma cidade de bem com o exercício e o desporto estava de volta, e nada melhor do que o Dia Mundial da Atividade Física para tal acontecer.
No local de sempre, no dia de sempre, com os grupos de sempre, tudo se manteve igual. Dos que correm muito rápido, aos que correm assim-assim, passando pelos que começa a correr e pelos que ainda vão na caminhada, ainda que em passo animado, havia lugar para todos.
Às oito e meia, com os ritmos divididos por balões coloridos, cada um partiu para seu lado à descoberta de Leiria. “Pensava que a Judite vinha, afinal não veio”, lamenta uma senhora da caminhada.
Não estava a Judite, mas não lhe faltavam amigas! A edição 362 foi, para muitos, um reencontro e a alegria era evidente nas expressões.
Pelo regresso do evento em si e por poderem voltar a estar com as pessoas que, em muitos casos, contribuíram para uma alteração de hábitos sedentários para outros bem mais saudáveis.
“Vi muita gente da fase original das Brisas do Lis”, admite Luís Subtil, presidente do Núcleo de Espeleologia de Leiria (NEL), cuja secção Pédatleta é a responsável pelo projeto.
O pessoal do balão amarelo vai subindo escadas, descendo escadas, passando por ruas inclinadas. É uma caminhadas, não um passeio, mas o pelotão vai-se alongando.
“Isto custa, mas faz muito bem. Estava mesmo precisada de pôr o coração a bater e espairecer um pouco”, vamos ouvindo.
Alguns alunos do Politécnico de Leiria fazem a estreia nas melhores quartas-feiras às noite e mostram surpresa com alguns recantos da cidade que ainda não conheciam.
Enfim, chegámos, com a pulsação acelerada. “Correu bem. Foi interessante. A Praça Rodrigues Lobo estava composta. Foi muito interessante ver a naturalidade das pessoas após a pandemia. Estava tudo bastante à-vontade, a usufruir”, conta Luís Subtil.
Quarta-feira há mais.