Da floresta trazemos muitas histórias para contar, mas não deixamos mais do que algumas pegadas.
É esta a essência do Clube de Orientação do Centro (COC), associação que desde 1998 pugna pelo desenvolvimento da modalidade de orientação, sempre em harmonia com a natureza e o meio ambiente.
Na génese está a ligação à atividade militar dos primeiros elementos, mas o clube rapidamente conseguiu um lugar de destaque na cidade e na região. Até porque, ao longo do tempo tem procurado – e conseguido – fazer um trabalho de divulgação muito consistente.
A cooperação com o Desporto Escolar, o desporto universitário, o desporto para deficientes e os clubes do concelho, bem como a ligação à autarquia e às escolas, tem sido um sucesso.
Através de encontros e provas que organiza tem formado jovens e adultos, além de promover a generalização da prática da modalidade.
"Costumo dizer que é uma ligação para a vida" diz José Bolrão, presidente do COC. "Há pessoas com 70, 80, 90 e até 100 anos que ainda fazem e é uma alegria saber que se pode praticar a vida inteira. A saúde ganha-se com a orientação. São momentos em que não pensamos nos problemas."
Organizações como o Grande Prémio do Regimento de Artilharia n.º4 - o primeiro evento no País - ou o Leiria Euro City Race, que se realizou na cidade, têm motivado o interesse crescente pela modalidade.
"O desafio é escolher a melhor opção entre dois pontos. A alegria não é ganhar, é conseguir finalizar a prova", atira José Bolrão.
De resto, a fartura de títulos nacionais e internacionais, "diria mais de um milhar", dos mais novos aos mais veteranos, comprovam o lugar de destaque que o COC tem no seio da orientação em Portugal.
Destaque para os títulos mundiais de ori-BTT alcançados no ano passado pelos atletas Susana Pontes e Daniel Marques. E também Inês Domingues, vice-campeã mundial de orientação de precisão em 2019. Joaquim Sousa, foi vice-campeão mundial de sprint para veteranos em 2011.
Uma prestação magnânima, é verdade, mas nem tudo são rosas. O incêndio de 2017, que devastou o Pinhal de Leiria, também levou com ele o coração de toda a área privilegiada de influência do clube, que perdeu grande parte da área cartografada.
Por isso, encontrar parcerias para reflorestar o pinhal tem sido uma das prioridades.
Mas como qualquer fénix, o COC renasce sempre das cinzas.
Regimento de Artilharia n.º4