Estes miúdos fazem renascer a paixão pelo hóquei em patins no Leiria e Marrazes

Entram no rinque num patinar quase perfeito, apenas com alguns trambolhões de permeio para tornar a viagem mais animada. Para muitos, é a primeira vez que vão ter um jogo de hóquei em patins, e o entusiasmo é expressado em sorrisos, gritaria e satisfação ao máximo.

Foi este sábado, um dia mágico para as equipas de bambis e benjamins do Sport Clube Leiria e Marrazes, que finalmente tiveram oportunidade de revelar a magia com que tratam a redondinha.

Tendo como colegas de brincadeira a miudagem do Hóquei Clube de Turquel e da Biblioteca do Valado dos Frades, as Marias, a Matilda, os Manuéis, o Duarte, o Pedro, o Kiko, os Martins, o Miguel, o Pedro e todos os outros, encantaram a plateia.

É que eles são uns verdadeiros craques e prometem fazer regressar a mística do clube que veste de negro ao hóquei em patins.

Na verdade, é algo que está afastado do Leiria e Marrazes há coisa de duas décadas, admite Simão Clemente. Depois de muito tempo de vazio, os escalões de formação regressaram há duas temporadas, mas só agora se está a dar o boom de popularidade.

É isso que esta geração de jogadores, “dos 3 aos 10 anos”, promete fazer crescer. “Nos últimos tempos começaram a aparecer muitos miúdos. Ainda não tínhamos feito uma campanha de divulgação, mas funcionou o passa a palavra. Fui chateando antigos jogadores e amigos que tinham filhos. Depois, o amigo trouxe outro amigo e agora já temos mais de 30 miúdos”, explica o responsável.

 

São uns craques!

Chegaram ao ponto de não ter patins para todos, um “bom problema” que resolveram com rapidez. Simão e os colegas continuam a não ter mãos a medir para tanta animação, mas estão felizes que assim seja, porque é precisamente nestas idades que é bom aprender a patinar.

“Quanto mais cedo melhor, porque dá uma vantagem brutal. Os nossos treinos são muito mais uma brincadeira a patinar. O difícil é lidar com os patins, porque com o stick é mais fácil”, conta o treinador, que aponta para a meia centena, o número de jovens hoquistas que gostava de ver no final da temporada com o corvo junto ao coração.

As condições estão criadas para não deixar ninguém para trás. O clube disponibiliza todo o material necessário – patins, stick, luvas, joelheiras e caneleiras – a quem quiser experimentar, porque tem vontade de regressar à incrível dinâmica dos anos 90 do século passado, quando eram vários os jogadores do Leiria e Marrazes que chegavam às seleções nacionais.

Mas naquela casa, e sempre assim foi, mais importante do que gerar grandes atletas, é “formar pessoas” e desenvolver “competências sociais”. “Estamos a criar um grande grupo de amigos e até já vão aos aniversários uns dos outros. Depois, os pais são nossos aliados e começam a unir-se às dinâmicas.”

Comentários

  • Manuel Silva
    23 Outubro, 2023 @ at 21:01

    Boa iniciativa. É de continuar.

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