Vanessa Marina é leiriense, uma das melhores b-girls do mundo e vai batalhar pela vaga olímpica

No andebol, Pedro Portela acredita. No atletismo, Irina Rodrigues acaba de se qualificar para os Jogos Olímpicos e Auriol Dongmo também já tem a sua vaga garantida se entretanto recuperar da lesão. Mas Leiria promete ter uma comitiva forte em Paris’2024, mesmo em áreas improváveis. Vanessa Marina, por exemplo, vai disputar os torneios de qualificação olímpica de breaking.

A leiriense, de 31 anos, será uma das 40 b-girls a tentar a qualificação para a estreia da modalidade no programa olímpico, em Paris’2024. Garantiu a presença nas qualificativas com um impressionante 11.º lugar do ranking. A primeira qualificativa está marcada para entre os dias 16 e 19 de maio em Shanghai, na China, seguindo-se o evento de Budapeste, na Hungria, entre 20 e 23 de junho.

A paixão de Vanessa era antiga. Andou no ballet e na dança contemporânea, mas lá pelos 14 anos teve uma epifania quando descobriu os clips dançados de Justin Timberlake. Ficou fascinada entrou nas aulas de hip-hop no ginásio à porta de casa, nos Pousos. Os pais nunca lhe cortaram as pernas, mas quando em 2010 entrou na Escola Superior de Dança, ainda lhe chamaram a atenção com um “tu vê lá”.

Em Lisboa encontrava as variantes de que mais gostava, sim, mas apenas fora das escola, na Estação do Oriente Rapidamente começou a entrar em competições e a ganhar fama nas battles. Já com o curso superior concluído, restava-lhe ser professora de dança, mas Vanessa não pensava assim e em 2014 embarcou para Londres.

“Queria dançar primeiro. Fazer parte de alguma companhia e só ensinar mais tarde”, explica a b-girl. Provou que estava certa e hoje é uma das melhores b-girls do mundo. “Atingi um nível que nunca imaginei. Os meus ídolos já eram os meus concorrentes”, admite. E ganhou competições onde “nunca na vida” pensou, sequer, ter a “oportunidade de pisar o palco”.

Foto: Hugo Silva / Red Bull Content Pool

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